Hoje venho apresentar mais uma de nossas pesquisas, e com ela trago pra vocês mais uma resenha de obras. O tema será “Qual o melhor filme de Super-Herói NÃO BASEADO em História em Quadrinhos?”. Ou seja, trata-se de personagens que foram criados diretamente para o roteiro de cinema, não existindo até então alguma revista com o título do herói. Vamos lá?
Darkman – Vingança Sem Rosto
De Sam Raimi - 1990
Darkman foi uma grande surpresa pra mim quando o vi pela primeira vez na Globo (acho que foi em 1994), pois me lembro de achar que aquilo era uma ótima história de super-herói. Não sei se hoje em dia o filme continua divertido ou se envelheceu mal, a exemplo dos filmes do Homem-Aranha que possuem o mesmo diretor.
Na trama, Liam Neeson interpreta Peyton Westlake, um cientista que convenientemente está pesquisando um novo material que poderia substituir a pele em casos de acidentes com queimadura. Após ser atacado por criminosos em seu laboratório, Peyton acaba sobrevivendo a uma explosão onde todos julgavam ter sido fatal para ele, mas fica completamente desfigurado. Já no hospital, sendo tratado como indigente (pois não havia como reconhecê-lo), tem desligada a região do seu cérebro responsável pela sensação de dor. Após fugir do Hospital, ele resolve usar sua descoberta para criar máscaras que podem servir-lhe de disfarces, e assim punir os responsáveis pela sua atual condição.
A combinação entre Sam Raimi na direção e Liam Neeson em seu papel mais louco deu muito certo, aliada com a trilha sonora de Danny Elfman e o visual do Herói, composto de um casaco bem gasto, um chapéu e faixas rasgadas ao estilo Mum-Ha cobrindo pele humana queimada.
Minha Super Ex-Namorada
De Ivan Reitman - 2006
Essa comédia romântica tinha tudo para ser melhor do que foi, mas no fim o resultado também não desapontou. É uma comédia pra assistir com a patroa do lado, divertida como as outras obras de Reitman (Os Caça-Fantasmas, Evolução) e sem pretensão de gerar marketing como bonequinhos e quebra-cabeças.
Uma Thurman interpreta a reservada bibliotecária Jenny Johnson que secretamente age contra o crime sob a identidade secreta de G-Girl. Relutante, inicia um Romance com Matt Saunders (Luke Wilson), no qual a coisa fica mais séria e ela acaba lhe contando seu segredo. Porém, Jenny não era bem o que Matt esperava, e ele fica em um complicado dilema: continuar numa relação com uma descontrolada, ciumenta e superpoderosa
companheira ou tentar terminar o namoro e correr todos os riscos de uma vingança ensandecida. Para complicar, o inimigo da G-Girl, o vilão Professor Bedlam, está no encalço de Matt.
Como disse antes, o filme não passa de um programa divertido e sem grandes surpresas. As interpretações estão boas, inclusive Anna Faris estava bem diferente da época que fazia os filmes “Todo Mundo em Pânico”.
Hancock
De Peter Berg - 2008
Will Smith é John Hancock, um cara sem memória de seu passado, que vive bêbado, esfarrapado e dormindo em bancos de rua. Contudo, Hancock é superpoderoso, tem uma força inimaginável e pode voar, ainda que em zigue-zagues desnorteados devido aos efeitos do álcool. Após salvar Ray (Jason Bateman), um especialista em Relações Públicas de um acidente, este decide retribuir o favor transformando Hancock em um exemplo de heroísmo e boa conduta. Ao mesmo tempo, Mary (Charlize Theron), a esposa de Ray parece querer a todo custo evitar maiores contatos com o herói, levantando suspeitas de que possa saber algo do passado misterioso de Hancock.
Sinceramente, esperei muito mais deste filme. O trailer vendia um peixe muito diferente do que aquele que foi comprado, focando no aspecto cômico/pastelão, algo similar ao antigo seriado “O Super-Herói Americano”. Parecia que veríamos novamente o Will Smith moleque dos tempos de “Um Maluco no Pedaço”, mas este deu seu último suspiro em “Homens de Preto”. Depois se enveredou em papéis sérios, dramáticos, depressivos... Inclusive aqui em Hancock. O filme é tão sério e triste que poderia ser exibido na sessão Supercine (sábado à noite) e apenas ali, de preferência.
Repetindo: não me agradou. Fui enganado pelo trailer. Foi um dos filmes mais longos que já assisti.
Os Incríveis
De Brad Bird - 2004
Apesar de ser uma animação, o que pode passar um ar de produção menor na cabecinha de alguns puristas que só se contentam com Live actions, Os Incríveis é uma excelente história de super-heróis. Dirigido por Brad Bird, que tem vasta experiência em animação, o filme foi uma grata surpresa aos fãs de filmes de ação, quadrinhos, e animações em computação gráfica.
A história narra a vida de Beto Pêra (é, os nomes foram abrasileirados), também conhecido como Sr. Incrível, herói dotado de super força, e sua luta diária como protetor de sua cidade. Vários aspectos do mundo dos super-heróis aparecem no filme, como a presença de super-vilões, a atuação da imprensa e a reação cada vez mais inesperada da população em relação às proezas do herói, que chega a culminar em protestos generalizados, obrigando o governo a criar leis que proíbem as atividades dos seres super-poderosos. Forçados a se aposentar, os vigilantes agora são obrigados a viverem rotinas monótonas como qualquer outro mortal.
Beto Pêra agora é casado com Helena Pêra, a ex-Garota-Elástico, tem três filhos e trabalha em um inanimado escritório de seguros. Ele e seu amigo Gelado costumam fazer rondas clandestinas, procurando ajudar a população sem serem identificados. Bom, não vou ficar aqui narrando toda a história do filme, que é muito maneira.
A música de fundo lembra muito os filmes de espiões dos anos 60, enquanto a família Incrível é uma clara alusão ao Quarteto Fantástico da Marvel (inclusive, a última cena é a maior de todas as homenagens ao Quarteto, mas só os fãs vão saber associar).
Este filme é o que todos os Live Actions de Super-heróis deveria ser: divertido, empolgante e com uma história rica e cheia de referências.
Sky High – Super Escola de Heróis
De Mike Mitchell – 2005
Quando fui ver esta comédia infantil, não tinha muitas expectativas (filme da Disney), mas fui curioso por se tratar do tema “Super-Heróis”. Devo dizer que foi melhor assim, pois achei bem legal. A história tem uma porrada
de referências ao universo dos super-heróis aliadas a piadas bem dosadas e sutis, prato cheio para os nerds. Aliás, a história não tem nada de infantilóide.
Will Stronghold é o filho um casal de super-heróis, o ultra-forte Comandante (Kurt Russel) e a alada Super Jato (Kelly Preston), e como tal, todos esperam que ele tenha super-poderes. Mas Will não tem poder algum, e é matriculado em um colégio especial, freqüentado somente por jovens e crianças com habilidades extraordinárias. É lá que ele faz novas amizades, encontra alguns valentões e sofre na mão do corpo docente mais bizarro do universo, que conta com as atuações de Bruce Campbell e Linda Carter, a antiga Mulher-Maravilha dos anos 70.
Filme divertido, assisto toda vez que passa no Disney XD, e ainda tem a Mary Elizabeth Winstead.
Blankman
De Mike Binder – 1994
Ah, cara... Eu não vou resenhar nenhum filme do Damon Wayans. Mas não vou mesmo.
(Pelo menos, não de graça!)