sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Novidade no Maluquem - Resenha de Obras

Saudações, pessoal!

Hoje vamos estrear mais uma atração no Maluquem Experimento. Trata-se da nossa resenha de obras, onde comentaremos sobre filmes, quadrinhos, séries e o que mais for de nosso interesse.
Para começar, vamos aproveitar o mega Hype em torno de nossa mundialmente famosa enquete semanal para analisarmos os filmes citados na referida pesquisa de opinião. Sendo assim, discutiremos a seguir os filmes Highlander, MIB - Homens de Preto, Os Flintstones e Matrix. Enjoy us.

(obs: Para a criação da enquete e mesmo desta resenha, saibam que eu não me dei ao trabalho de rever as obras mencionadas, apenas me vali da competência de minha privilegiada memória. Eu bem que queria rever os filmes, mas aqui no bairro não tem mais locadora, e eu não tenho carro pra ficar passeando pela cidade alugando DVD´s, e minha máquina não está habilitada para navegar pelos torrents da vida. É sério, ela gasta uns dois minutos só pra fechar uma janela, eu já marquei o tempo.)


Highlander
1986

O guerreiro imortal. Esse filme eu vi apenas uma vez, numa madrugada qualquer na Globo. Eu achei muito phoda, mesmo com os efeitos especiais estilo desenho animado. As músicas do Queen caíram muito bem com a ambientação medieval e, além disso, o filme ainda tinha Sean Connery como um guerreiro que deixaria qualquer jedi no chinelo.
O filme fluiu perfeitamente. O final realmente encerrava a história. Contudo, devido ao sucesso alcançado, alguma alma iluminada resolveu que seria uma ótima idéia criar uma seqüência onde pouco se investiria na parte de roteiro. O resultado, desastroso, se intitula "Highlander II - A Ressurreição" onde o protagonista é mostrado alguns anos no futuro como um imbecilóide bem diferente do solitário imortal mostrado no primeiro filme (fora o fato de parecer propositalmente bem mais velho, algo improvável para alguém que mantém a mesma forma física POR SER JUSTAMENTE IMORTAL). Além disso, com o "fim da camada de ozônio", os cientistas do futuro criaram algum tipo de redoma vítrea amarelo-âmbar ao redor do planeta para filtrar os raios UV. E o retorno do Sean Connery com uma desculpinha que eu sequer me lembro.
Só por curiosidade, eu estava lendo uma HQ do Homem-Aranha onde um grupo de pessoas estava cercando o J. J. Jameson, azucrinando-o após descobrirem que estavam diante do editor do Clarim Diário. Cada um dos assediadores o criticavam por algum motivo, mas eu me lembro de apenas um que dizia: "Clarim Diário? Seu crítico de cinema elogiou "Highlander II"!..."
Obs. relevante: Com o sucesso da franquia, houve uma série de desenho animado, mas era nada maneiro. (Eu, pelo menos, nunca tive anseio por assistir.)


MIB - Homens de Preto
1997

Eu adorei o primeiro filme. Baseado numa obscura HQ (acho que nunca chegou ao Brasil) o filme teve roteiro divertido, atuações mais ainda, efeitos especiais bacanas e ritmo correto. Além disso, a graça do primeiro filme de toda franquia é o fator Apresentação, ou seja, é a ocasião onde todos os personagens e situações principais são apresentados a nós, expectadores. O que acontece em MIB de forma muito atraente. Só achei triste o fato de o filme ser bem curtinho, queria que tivesse pelo menos mais meia hora de duração. Virou Hype de imediato.
Mas aí, veio alguma alma iluminada dizendo que uma seqüência seria rentável, e que nem precisariam gastar muito com roteiros elaborados, pois quem viu o primeiro filme iria assistir ao segundo, e blá blá blá... Resultado: MIIB - Homens de Preto 2 estreou trazendo de volta um personagem que "deveria" não mais voltar (Tommy Lee Jones), aquela que deveria voltar não voltou (Linda Fiorentino), colocaram no lugar alguém absurdamente mais fraca (Rosario Dawson), piadas forçadas e infantilóides e um final com resolução muito esdrúxula e repentina. É claro que, quem viu o primeiro filme como eu, estava torcendo por uma seqüência, mas esperava algo á altura do original, pra não dizer algo que SUPERASSE o original. Acho que os próprios envolvidos na realização dessa película já sabiam o que estavam produzindo: num dado momento, Tommy Lee Jones e Will Smith precisam fugir de "o que quer que seja" e entram numa espécie de "máquina para fugas de emergência". Ao acionarem a aparato, o mesmo se assemelha absurdamente a uma privada gigante, jogando os dois protagonistas pelo ralo junto com um mar de "desinfetante" azulado. PQP, né?
Obs. relevante: Com o sucesso da franquia, houve uma série de desenho animado (antes do segundo filme ser lançado) que era muito maneiro. Explorava os personagens principais e secundários com muita criatividade. Ficava ansioso por assistir.


Os Flintstones
1993

Pra começo de conversa, não estou querendo aqui colocar o filme d´Os Flintstones no mesmo nível de Highlander, Matrix ou MIB. Acho o filme apenas divertido e despretensioso. Mas por ser uma obra voltada para o público infantil, fica difícil produzir algo de extrema qualidade que agrade tanto os adultos como as crianças (a menos que você seja a Pixar). Gosto de assisti-lo quando é reprisado na TV, mas não faço força para cancelar algum compromisso quando vejo sua chamada nos comerciais. E se alguém o considerar melhor do que Highlander, Matrix ou MIB, poxa, esse alguém está em seu sagrado direito de escolha. Gosto é gosto, cada um tem o seu e eu não vou condenar ninguém por isso.
O filme diverte do início ao fim. A escolha dos atores, os cenários, os efeitos especiais, tudo foi bem planejado. Até os easter eggs são muito maneiros. Tem uma lanchonete versão “McDonald´s pré-histórica” onde uma placa na frente da mesma exibe orgulhosa a façanha “já servimos 19 clientes”. Até o carro sem fundos do Fred foi bem feito (e ele faz curva. Ainda não sei como é possível que dois cilindros gigantes de pedra amarrados em duas toras de madeira laterais movidos á “pedaladas” no solo consegue fazer curvas em seu trajeto).
Como sempre acontece na indústria hollywoodiana, sempre tem uma alma iluminada que quer fazer dinheiro com uma seqüência sem se importar se ela vai ser melhor que a original (o que, em minha opinião, deveria ser regra). E por que isso não aconteceria com Os Flintstones? Nesse caso, os produtores quiseram contar como seria a juventude de Fred, Vilma, Barney e Betty. Só que escolheram atores que aparentavam TER A MESMA FUCKING IDADE DO PESSOAL DO PRIMEIRO ELENCO. Até um dos Baldwin´s participa do filme, substituindo Rick Moranis como Barney Rumble. E como esta seqüência foi feita com menos orçamento que o filme anterior (o que ocorre com vergonhosa freqüência em Hollywood), os efeitos especiais são bem mais fracos, os atores escalados não chegaram aos pés do primeiro time, e a história... Ah, nem vale a pena comentar.
Obs. relevante: Os filmes SÃO adaptações live-action de um famoso desenho animado dos estúdios de Hanna & Barbera, que fez e ainda faz relativo sucesso mundo afora. Eu pessoalmente não tenho saco de ver nada produzido pelos estúdios Hanna/Barbera. A não ser Super-Amigos. Super-Amigos é phoda.


Matrix
1999

What is the Matrix? Ninguém ainda soube responder. Mas uma coisa todos DEVEM admitir: o filme é phoda, é muito louco, muito maneiro. É muito “adrenalina misturada com LSD”.
Se você não gostou do primeiro filme, tenho pena de você. (caraca, até rimou, pode crer?)
Keanu Reeves nasceu para interpretar UM papel, o de Neo/Mr. Anderson (claro, sem contar o filme Bill e Ted). Comentar sobre os efeitos especiais é sacanagem, todo mundo já falou o que tinha pra falar. O enredo foi o mais phoda porque realmente nos fez acreditar na ficção de um filme. A abordagem que dizia que nosso mundo tal qual o conhecemos “poderia” ser uma ilusão que escondia a realidade, o processo que apenas poucos conseguiriam superar para acessar essas duas realidades, os perigos presentes nos dois mundos, as metáforas, as citações, tudo foi muito bem planejado e executado.
Mas aí... Os próprios criadores da Revolução, os irmãos Uatchauskises (saúde!) se tornaram seres iluminados e, francamente, atiraram contra o próprio pé. O filme não precisava de uma continuação. Foi tudo movido por ganância. Tanto é que fizeram a seqüência na forma de um filmão dividido em dois filmecos, pra vender mais, lógico. “Vamos criar uma trilogia, tá na moda!”...
Pra ser sincero, só vi os dois últimos filmes uma única vez, e sempre mudo de canal quando eles são reprisados na TV. Não entendi direito o motivo de toda a enrolação do segundo filme, e a resolução da trama ocorrida no terceiro foi muito frustrante. Nem a Monica Belucci conseguiu salvar a audiência em sua concorrência contra a Trinity. Ah, quer saber? Essas duas seqüências são muito ruins, principalmente porque foram as mais desnecessárias de toda a História. Pronto, falei.
Obs. relevante: com o sucesso do primeiro filme da franquia, foram produzidos vários curtas-metragens na forma de animações com resultados excelentes. Estas histórias foram compiladas no título Animatrix, que vale a pena assistir. O meu preferido é o curta “O Último Vôo de Osiris”.


Menção Honrosa:
O Máskara e O Filho do Máskara

Cara, como é que eu pude esquecer-me dessas duas “obras” na escolha dos tópicos da enquete? O primeiro filme é de 1995, trazia o ainda ascendente Jim Carey e a estreante Cameron Diaz, e era adaptado de outra HQ obscura (pra nós brasileiros) e underground. Os efeitos especiais também tinham um “quê” de revolucionários, principalmente por mostrarem cenas até então exclusivas de desenhos animados como olhos que saltam das faces assustadas ou objetos gigantes que saem de bolsos minúsculos. Lembro que, na época, cheguei a comentar com um amigo que seria impossível uma seqüência de O Maskara ser feita, por que tudo o que tinha para mostrar já havia sido mostrado no primeiro filme. Todos os truques dos desenhos animados foram ali mostrados; o vilão chegou a usar a máscara mística, ganhando poderes; até o cachorro do herói usou a máscara mística, também ganhando poderes.
Como o tempo mostrou, eu estava CERTO: é impossível fazer uma continuação para O Maskara. Mas as almas iluminadas ainda assim quiseram provar que era possível levar mais trouxinhas pro cinema com a franquia. Só que ninguém do elenco original topou participar deste retorno, e pelo visto, nenhum dos roteiristas, nenhum dos investidores e ninguém do licenciamento da marca quiseram tomar partido também.

A solução? Vamos usar outra história.
Confesso que o plot até aguçou minha curiosidade: um carinha que era o atual portador da máscara mística tem relações sexuais com sua namorada enquanto usava o artefato, o que resultou numa singular gravidez onde o futuro bebê herdou naturalmente os poderes mágicos do herói. Enquanto isso, Loki, o deus nórdico criador/proprietário-mor da máscara resolve ir atrás do protagonista para reaver seu objeto e “consertar” os estragos causados pelo usuário. Mas todos os resquícios de curiosidade foram expurgados quando vi o trailer. PQP, que coisa tosca. Nem o cara que fazia o Loki, que é um ator até razoável embora eu tenha esquecido seu nome e esteja com preguiça de pesquisar no Google, conseguiu me convencer de que era um deus ou sequer um nórdico.



Pois é, galera. Essa foi a primeira Resenha da Obra. Espero que vocês tenham (lido) gostado, pois pretendo fazer mais. Peço desculpas pelo tamanho exagerado do texto, inicialmente eu havia planejado algo em torno de, sei lá, três linhas. Agora é com vocês: Leiam, comentem, divulguem. E não se esqueçam de votar na enquete. Abraços.
PAZ...
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- Luciano Abrahão é, além de ilustrador e blogueiro, também crítico de cinema autodidata em início de formação. Suas principais fontes são a Globo, o SBT e a Record. Por isso, peguem leve com ele.

- Se você concorda, discorda ou tem algo pra acrescentar, não deixem de usar o espaço para comentários. É de graça e não paga nada. Além disso, não cai a mão, bando de preguiçosos.

4 comentários:

  1. Bom,tenho q falar Lú.Sei q vai achar minha opinião óbvia.Sim,é sobre o filme do super-man,pelo qual esperei ansiosa minha vida inteira pelo próximo.Quer dizer,sei q está falando do segundo.Nesse caso sei q estou fugindo um pouco do contesto,Pois já tiveram segmento,aqueles dos anos 80.Eu falo sim,de mais filmes do Super-man.Dpois de anos aquele vexame.Até gostei da idéia de colocar o filhinho dele,com super poderes,mas só esse pedacinho do filme foi legal.Achei chatinho,dava preguiça de ver o lance do cristal q crescia na água.Fora q foi bem chato o Lex lutor,bom,achei quase tudo chato,frustrante.Anos de espera em vão.Não colocaram emoção em nada.A Lois Lene uma marmota,nada pra frente como aquela dos anos 80.POR QUÊ DEUS?
    BOM,PRETENDO NUMA OUTRA OPORTUNIDADE FALA DE ATITUDES UM POUCO FROUXAS DE ALGUNS SUPER-HERÓIS,FIK PRA PRÓXIMA.VALEU!

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  2. Otima sugestão. vou estar esperando ansioso, talvez até dê pra colaborar em conjunto.
    Sua opinião sobre os filmes do Super-Homem são totalmente compartilhadas comigo.
    Valeu por ter comentado.
    PAZ...

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  3. Cara, sugestão: Publica uma resenha por semana, ou por dia sei lá (escolha a regularidade). Pois publicar muitas de uma só vez desestimula quem vai ler e vai esgotando os filmes bons mto rápido...
    Obs da obs: mimimi reclamando da vida foi de doer, rsrs...
    Um abraço.

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  4. Com certeza, Broda. Aliás, deixo aqui o convite para quem quiser escrever resenhas tambem, é só me procurar que nóis publica.
    PAZ...

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